Na arte só uma coisa importa: aquilo que não se pode explicar. Exposição de cerâmica e jóias de Maria Pedro Olaio Pelas mãos da artista, testemunha do tempo e da memória, o corpo do objecto projecta-se no espaço inscrevendo-se continuamente nas suas/nossas evocações múltiplas. As peças da série ‘Coral’, ou a peça ‘Prisão’ são exemplos de como essa inscrição no tempo se faz quer à escala mais privada quer à escala global, espelhando a humanidade aliada à inequívoca impossibilidade da fuga. Maria Pedro Olaio resgata a condição humana buscando às raízes de uma memória orgânica a experiência da contemporaneidade. Aqui, a responsabilidade da arte em buscar algo de novo, toca-se.
Georges Braque
Sandra Guerreiro
Sábado, 16 de Outubro de 2010,às 18 horas
até 24 de Outubro